Polícia monta força-tarefa para investigar mais de 200 denúncias contra João de Deus
O caso do renomado médium João de Deus não para de ganhar proporção. Nessa segunda-feira (10) o Ministério Público de Goiás disse que desde que a Globo veiculou a denúncia contra o espírita no programa Conversa com Bial, mais de 200 mulheres já procuraram o órgão para relatar abusos.
Diante de suposta quantidade de vítimas, a Polícia Civil do estado decidiu montar uma força-tarefa para apurar os casos de violência sexual. E informou que no decorrer do processo, a casa Dom Inácio, onde João de Deus atende, pode ser interditada.
Ainda segundo a PC, até o momento, 10 vítimas procuraram a delegacia e formalizaram as denúncias, todas com relatos semelhantes, mas cada vítima com uma peculiaridade. Entre os crimes dos quais o médium está sendo acusado estão estupro, crimes de abuso sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.
Se condenado, as penas podem somar mais de 150 anos. A defesa de João de Deus nega cada uma da alegações e disse que o cliente deve se apresentar ainda hoje às autoridades. Vale lembrar que João já tem histórico criminal por abuso sexual datado de 2010. Dois anos depois ele enfrentou julgamento, mas foi absolvido por falta de provas.
Além desses crimes, o sucessor de Chico Xavier também já foi acusado de assassinato, exercício ilegal da medicina, atentado ao pudor e contrabando de minérios, porém, em nenhum dos casos foi considerado culpado.
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