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Joaquim Marinho, nunca esqueceremos que você existe


Por Raimundo de Holanda

14/02/2019 19h50 — em
Bastidores da Política



De repente ele se olhou no espelho e não se reconheceu. Nem a casa, nem a filha, nem os vizinhos, nem a bela dona que ele olhava com desejo da janela de seu quarto. A voz  que falava de cinema e de rock and roll. desapareceu. Foi de repente que Joaquim Marinho calou sem ter deixado de existir. E seu silêncio doeu nos poucos amigos que restaram.

Mais do que o esquecimento dele, mais do que ausência do mundo onde ele ainda existe, mais do que a falta de memória - esse buraco negro pelo qual foi tragado - o que dói é o abandono no qual se encontra, vivendo da solidariedade de amigos.

Joaquim Marinho, aos 60 - a voz do Rock no Amazonas

Não dá para lembrar de tanta gente que se perdeu dentro de si mesma e se apagou para o mundo, mas Marinho é uma estrela. Sua memória agora é a nossa memória e se reflete na solidariedade de cada um que o conheceu.

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ASSUNTOS: Alzheimer, Joaquim Marinho

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.