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Sem a ZFM, Amazonas pode se separar do Brasil


Por Raimundo de Holanda

18/04/2019 20h25 — em
Bastidores da Política



É preciso advertir o presidente Bolsonaro e seu Ministro Paulo Guedes que sem o modelo ZFM não só o Amazonas será atingido. E não  vamos ficar amarrados aos caprichos de uma federação de estados que nos exclui. O governo Bolsonaro tem que dizer se quer um país unido ou dividido. 

Paulo Guedes foi cínico, mal-educado e preconceituoso. Típico de burocratas do baixo clero que ao assumirem cargos de alto escalão se julgam acima de tudo e de todos. Por isso nem se deu conta que não falava só com os seus aduladores; deixou escapar uma inconfidência no ar.

E o ar no qual estava era simplesmente o da Globo News. O pretensioso Guedes achou que atirava uma pedra contra o Amazonas. Errou feio, e despertou a fúria de muitos inimigos.

A ZFM não é só de Manaus ou do Amazonas. É um modelo que mantém em pé a floresta amazônica, que sustenta o Brasil agrícola e o segundo maior rebanho bovino do mundo.

O cinismo preconceituoso de Guedes ao dizer que não pode “ferrar o Brasil por causa lá de Manaus”, revela a mesquinhez de quem não sabe olhar a grandeza além do próprio umbigo.

Manaus é muito maior que um Guedes mal-educado. O Amazonas, maior ainda. E se o propósito do governo é entregar a Amazônia ao desmatamento, haverá reação em cadeia.

É preciso adverti-lo que, sem o modelo ZFM não só o Amazonas será atingido. E também não vamos ficar amarrados aos caprichos de uma federação de estados que nos exclui.

Vamos brigar pelo que nos pertence, agir com independência pela construção de um estado autônomo, rico em diversidade e que terá de ser reconhecido pelos governos como tal.

O governo Bolsonaro tem que dizer se quer um país unido ou dividido. 

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ASSUNTOS: Amazonas, Bolsonaro, paulo guedes, PRECONCEITO, secessão, ZFM

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.