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Professores não vão aceitar 'criminalização' da greve pelo governador


Por Raimundo de Holanda

14/04/2019 22h56 — em
Bastidores da Política



A decisão do governador Wilson Lima de recorrer à justiça para suspender o indicativo de greve marcado para esta segunda -feira pelos professores  revela, primeiro, a incapacidade de o governo restabelecer a linha de diálogo com a categoria, rompida na última semana, quando deixou de receber integrantes do sindicato para uma conversa previamente agendada.  Foi um fato indelicado e desrespeitoso com uma categoria importante, que faz a educação do Estado. Segundo,  porque acirra mais ainda os ânimos que já andam exaltados.

Na decisão que manda suspender o indicativo de greve, o desembargador Elci Simões de Oliveira reconhece   que "os professores muitas  vezes  não recebem a devida atenção por parte dos chefes do Poder Executivo”, mas admite que a categoria, por prestar um serviço essencial, não tem direito a greve. Os professores discordam.

É uma decisão polêmica, mas é uma decisão da justiça. Cabe respeitá-la. Entretanto há um sentimento de que o governo busca criminalizar o movimento,  conforme o video gravado por um dos integrantes do comando de greve.

Recorrer à justiça foi o pior caminho, a pior opção. Foi renunciar ao diálogo, a busca de alternativas, ao entendimento. Agora há pouco a fazer e o pior a esperar,

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ASSUNTOS: Amazonas, elci simoes, greve dos professores, Seduc, wilson lima

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.